domingo, 20 de fevereiro de 2011

Mais pulgas - Assuntos meio tabus na mídia

Mais pulgas... só para fazer alguns se coçarem, quero levantar uns assuntos meio tabus na mídia. Digo tabus porque raramente são discutidos e quando o são, recebem um "tratamento" default, sem dar chances ao leitor a receber informações suficientes a poder fazer melhor juízo. 

Por exemplo, pouco se fala sobre o anarquismo. Um movimento social que teve presença maciça na Primeira Internacional em 1864, a AIT. Aliás, além de ser incômodo ao exército bolchevique que executou muitos anarquistas ucranianos, acabou sendo alvo de treinamento do führer alemão, exercitando seus Stukas na guerra civil espanhola, onde o anarquismo esteve mais presente em um governo ao longo da história.

Será que tudo isso porque os anarquistas não aceitam a imposição de um estado, seja de direita, centro ou esquerda? Bakunin previu que os marxistas assumuriam o lugar da classe dominante contra a qual lutavam, ele não errou. 

Por falar em tirania do estado, estas persistem, inclusive nos estados chamados teocráticos, talvez porque quem tem o poder tende dele a abusar como o esperto Montesquieu advertiu. Note-se, quão difícil encontrar homens chefes de estado, que não adotem o famoso crime ético, aquele que defende "os fins justificam os meios". 

O acordo Stálin-Hitler, para divisão da Polônia antes da 2a. guerra foi um bom exemplo, aliás, não podemos esquecer que o bigodinho de oratória imbatível e medalhas honríficas da 1a. guerra, chegou lá graças ao apoio da classe dominante; mas ele não era flor que se cheirasse, inverteu o jogo rápido, e  pôs todos a trabalharem para ele, como vingando-se dos períodos na penúria. 

Chomsky, um dos maiores intelectuais vivos, sempre que permitem, denuncia o consenso fabricado da mídia, que haja vista as revoltas mais recentes nos países islâmicos, pouco mudou dos anos 60, no que tange a divulgar os fatos como são. 

A condição precária da França e Reino Unido, ambos à beira de uma revolução proletária antes de 1939, quase sempre é menosprezada nos documentários, a ênfase tem de ser na ambição megalomaníaca do alemão. 

O cuidado em se evitar a palavra ditador quando se trata de aliado, e o uso ad nauseum quando identifica um adversário, trai grosseiramente os filtros mantidos a todo custo. 

E qual o objetivo de se "maquiar" as notícias? 

O mais óbvio possível, utilizam o princípio coincidentemente de Goebbels (do mesmo III Reich germânico), repete-se uma mentira até ela ser aceita como verdade, assim dá para continuar levando a "boiada no cabresto", e mantém-se a ordem no galinheiro, administrado pelas raposas, sejam destras, canhestras ou ambidestras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário